A JANELA DA VIDA
Pela janela do apartamento 709 no Hospital Osvaldo Cruz
Eu via do lado de fora a vida passar
O tempo envolvido com o florescer das árvores
O tempo envolvido com as aves canoras
O tempo envolvido com o brilhar do Sol
Jogando pela janela pequenas gotas da vida
Que iam pouco a pouco formando cada pedra do meu colar
E dia a dia, a vida lá fora resolvia que haveria vida cá dentro
Primeiro um pássaro, depois outro foram se juntando tantos,
E eles dia a dia traziam as pedras para compor meu colar de vida
E foram chegando, entranto devagarinho
E já eram tantos que pela minha janela
Já não mais os contava. deveriam todos ser Anjos
Inundando aquele quarto com a vida existe lá fora
E, no décimo quarto dia
Eu já não sentia tanta diferença da vida lá fora
A presença das tantas orações que em todos os cantos lá fora
Se fizeram ouvir, me devolveram a vida
Pela janela do apartamento 709 no Hospital Osvaldo Cruz
Eu via do lado de fora a vida passar
O tempo envolvido com o florescer das árvores
O tempo envolvido com as aves canoras
O tempo envolvido com o brilhar do Sol
Jogando pela janela pequenas gotas da vida
Que iam pouco a pouco formando cada pedra do meu colar
E dia a dia, a vida lá fora resolvia que haveria vida cá dentro
Primeiro um pássaro, depois outro foram se juntando tantos,
E eles dia a dia traziam as pedras para compor meu colar de vida
E foram chegando, entranto devagarinho
E já eram tantos que pela minha janela
Já não mais os contava. deveriam todos ser Anjos
Inundando aquele quarto com a vida existe lá fora
E, no décimo quarto dia
Eu já não sentia tanta diferença da vida lá fora
A presença das tantas orações que em todos os cantos lá fora
Se fizeram ouvir, me devolveram a vida
O COLAR DA VIDA
Um dia Deus resolveu me presentear com um colar
não um colar de meras pedras preciosas
mas, um colar de vida
de valor e brilho imensuráveis
eu, que já fora aquinhoado por ele
com uma infinidade pérolas, pérolas de filhas, pérolas de
tantos amigos, e minha pérola Vânia
Recebo agora o colar da vida
e Deus não economizou, me mandou todas as pedras preciosas.
Será que um simples mortal tem direito a tanto!
Primeiro vieram os rubis, que me metiam medo pela sua cor
vermelha, e eram tenazes teimavam em ficar
Depois chegaram as esmeraldas, lindas esmeraldas verdes me
trazendo a esperança e deixando olhar a vida entrar
devagarinho
E, como ele estava me pondo a prova, no sétimo dia
me entregou um punhando de ametistas
Aí, ele resolveu de vez que estava na hora de receber diamantes
e minha saliva fluia cristalina como as águas dos rios
Enfim, meu colar estava quase terminado
e marcado definitivamente em meu pescoço
cabe a mim cultivá-la, ele fez a sua parte
São marcas que levo para toda a vida
como um grande presente de Deus
Marconi Machado
Hospital Osvaldo Cruz - São Paulo
18/03/2007
PS - Obrigado a Deus que trouxe meu pai de volta.