03 fevereiro 2024

Carnaval de rua de Salvador

CARNAVAL DE RUA RAIZ É SALVADOR: 

O PRIMEIRO DO BRASIL E DA PORRA TODA. 💃🏼🕺💃🏼🕺💃🏼🕺💃🏼🕺💃🏼🕺💃🏼🕺

(Texto em baianês de Louti Bahia @amoahistoriadesalvador. Publicado em 31/01/2024)

Ó véio, não venha com seu mimimi dizeno que o primeiro carnaval do Brasil foi de lá casa da porra não, vu? O primeiro foi de Salvador, mô pai. Não aperte minha mente com sua história mal contada e meeira, não. Pare de tirar onda, deixe de reme-reme e dor de cotovelo: conte essa história direito.

Sabe quando foi o primeiro carnaval do Brasil? Em 1549. 

Sabe aonde? Em Salvador, nas aldeias indígenas.

E sabe quem fez? Os padres jesuítas que vieram com Tomé de Sousa.

Colé de mermo, veio? Que porra é essa? Padre fazeno carnaval? Isso é culhuda. 

Né não, pai. É a vera mesmo. Vá estudar história. O carnaval faz parte do calendário católico. Não parece, mas é. Juro de pé junto. Por isso, abestado, que ele sempre acontece 40 dias antes da Páscoa. E esses 40 dias se chama quaresma: não pode bagunçar, não pode comer, não pode beber, não pode fuuu..çar a vida alheia. Não pode porra nenhuma, só pode rezar. É a maior prezepada!  

Aí, pra aguentar 40 dias pianinho, tem que picar o dente antes. Né não, é? Por isso que tem o carnaval pra galera abrir o gás, soltar os cachorro e liberar geral. Tá ligado? O coro come e todo mundo dá o zig.

Já tá todo se bulino, aí, né? Então, se plante e preste atenção que a história não terminou. Vou le dar a real: papo reto não faz curva. O carnaval foi introduzido (lá ele) no Brasil pela própria igreja católica. Os jesuítas botoram pocano: usaram o carnaval pra catequizar os indígenas. Pegaram a cultura das zoropa e disseram assim: feche a cara e engula o choro. E paroano vai ter de novo!

E teve mesmo, desde o século XVI. Aí, quando chegou no século XIX, a festa já tava grandona. Mas ainda era careta, ninguém comia água não. Era no largo do teatro, onde hoje tem a Praça Castro Alves. Tinha o Theatro São João lá, a maior casa de ópera do Brasil. O carnaval arrudiava ele desde a Rua Chile que ainda nem era a Rua Chile. Dava uma paletada da porra, todo mundo de fantasia e máscara. Era cagado e cuspido o carnaval de Veneza. E todo mundo querendo se batê com o outro pra saber quem era: 

- Ô coisinho, você é quem? 

- Não te interessa!

- Cheeeeupo!

E aí, uma picava bola feita de limão e laranja no outro. Mas era cheia de perfume. O nome dessa brincadeira bizarra era Entrudo, e também veio das zoropa: de Portugal e da Espanha. Mas esse era o camarote. Lá na cidade baixa rolava a pipoca.

Lá a modalidade era outra: não guenta vara, peça cacetinho. A galera não comia reggae: fazia bolas com tripas de porco e jogava era água suja, farinha, tomate e tudo mais. E não tinha máscara não: era na cara dura mesmo. E a cara nem ardia. Um armengue da porra!

E sabe quem recebeu a galinha pulando no carnaval de 1832? Charles Darwin. O cara inglês, saiu da casa da porra pra cá, chegou todo arrumadinho e tomou um banho de água suja no meio da muvuca. Foi barril dobrado. Ele arregalou os olhos e pensou logo: esculhambação da porra! Vou vazar daqui. Mas acabou ficano e gostou da cidade. Só que, anos depois, quando disseram pra ele voltar, ele disse logo: quem vai é o coelho.

Espia só. Já tinha essa história toda, mas só em 1884 o governo adiantou o lado e oficializou o carnaval. Eles acabaram com o mangue e colocaram ordem na bagunça. Proibiram o entrudo e organizaram desfiles de agremiações carnavalescas com carros alegóricos. Surgiram, por exemplo, o Cruz Vermelha e o Fantoches. E o governo disse: se plante, vú. Agora tem que ter enredo, fantasia, música instrumental e coisa e tal. Aí começaram a usar as marchinhas do Rio de Janeiro e os frevos de Olinda. A festa ficou cabeça de gelo. As famílias ricas acharam difudê e começaram a desfilar com carrões enfeitados. 

10 anos depois, o governo liberou o desfile dos negros e teve o primeiro afoxé passando pela Rua Chile. Pire aí? Você pensando que afoxé surgiu nestante ali na esquina. E no ano seguinte, só tinha esse afoxé na rua? Aoooonde! Tinha era 14. Ninguém ficô dendecasa: todo mundo na rua. Vumbora! Era cânticos em nagô, batuques de terreiro, samba, Candomblé... mas deu merda. A imprensa escaldou o pico e chamou a galera de “os infames do candomblé de rua”. Não deu outra. Racismo, pressão da elite e o governo disse: vaze daqui. Em 1905, um decreto fulêro proibiu o desfile de afoxés e também tirou a capoeira, o candomblé e as batucadas das ruas de Salvador. Aí o povo negro disse assim: é niuma, cá te espero. E foi fazer a festa na butuca, longe da fiscalização. Destá que um dia a gente volta pocano. 

Aí, na Rua Chile, continuou o carnaval cara pálida, cheio de Parmalat. O povo nem ficava com a roupa machucada. E o tempo passou avionado com esse carnaval maresia.

Até que, em 1949, surgiu os Filhos de Gandhy formado por estivadores do Porto. Foi boca de zero nove! E em 1951, o clube de frevo Vassourinhas veio de Recife desfilar em Salvador. Aí um tal de Dodô e um tal de Osmar olhou assim e disse: ó paí, ó! Que massa. Perainda que a gente vai adiantar o nosso lado também. Os caras pegaram um Ford T, trabalharam várias horas de relógio, entupiram de amplificador e ligaram na bateria. Ficou de lenhar! E os dois partiram a mil tocano na rua. O povo se amarrô e empurrô o carro quando acabô o combustível. A invenção brocô e no ano seguinte eles convidaram mais um tocador: Temístocles Aragão. Aí o nome foi daqui pra li: três músicos num carro cheio de eletricidade só pode ser um Trio Elétrico. E foram pra rua de novo. E o povo dijunto: é pra lá que eu vou!! Tinha pobre e tinha barão: todo mundo foi dar uma espiadinha. Aí Dodô e Osmar anunciaram: de hoje a oito a gente vai mostrá o pau elétrico pra vocês. E todo mundo respondeu: lá ele! Mas não era osadia não, era a guitarra baiana. E eles deram pra Armandinho que comeu com farinha e ficou miseravão. De lá pra cá, mermão, o povo fica atrás do trio e só sai no lixo. 

O resto da história você já tá ligado. Na década de 70 Moares Moreira pegou o microfone, escancarou e disse: eu vou cantar nessa porra! E foi o primeiro cantor de trio elétrico mesmo. E ficou virado no cão: botô letra numa música instrumental que chamou de Pombo Correio e fez sucesso nacional. Assim nasceu o frevo trieletrizado. 

Aí Caetano Veloso comeu a pilha e começou a fazer música para o carnaval também. Êta lasqueira! Misericórdia! Tava desenhado o destino do maior carnaval de rua do Brasil. 

Na década de 80 foi pressão pura! Tudo certo na Bahia: foi a vez dos blocos de índios e começou a geração Axé Music com Luiz Caldas, Sarajane, Daniela Mercury, Banda Mel e uma galera da porra. E pipocou também blocos afros: Olodum, Ilê Aiyê, Muzemza, Malê Debalê. E tome gente na rua, todo mundo apanhando de fanta, tomano baculejo, mas cantando “não me pegue, não me toque”.  

Ai aconteceu uma coisa porreta. O que tinha sido proibido pelo governo nas ruas voltou de com força e virou a cara autêntica do carnaval de Salvador. A herança africana ressurgiu injuriada e tomou conta da porra toda. Aí, escreveu não leu, o pau comeu: rolou fricote, deboche, sambareggae, axé, merengue, lambada, pagode e pagodão. A percussão sacudiu a poeira, se picô da cozinha e foi pra sala de visita.

E né quereno me gabá não, mas o carnaval de salvador virou a festona que virou, misturando som de branco, de negro e de índio com amplificador pro mundo inteiro ouvir. E veio gente de tudo que é lado: uzamigo da gente, uzamigo dos outros e os gringos.

Tá veno aê? Você pula carnaval, mete dança, vira pipoca, beija Deus e o mundo, só faltava conhecer a verdadeira história do primeiro carnaval do Brasil. Agora que já conhece, que mal le pergunte: tá aí ainda por quê, pomba lerda? Se pique logo pra mandar essa história pra todo mundo no whatsapp e na rede social. Eu te entreguei ela de mão beijada, largue o doce também. Namoral. Se você ficar com preguiça de espalhar esse texto, vou me retá. Tá rebocado.

(Texto de Louti Bahia @amoahistoriadesalvador. Publicado em 31/01/2024. Fonte das informações: História do Carnaval da Bahia, de Nelson Cadena)

12 novembro 2020

Have it all

Tem gente que a própria existência já é alegria. Além de alegria, espalha energia positiva. Outro dia conheci essa música aqui, e não tive como não associar a uma pessoa.

Conheci a música porque estava no randômico mesmo, mas desde a primeira vez, achei que era a cara dele. (May you take no effort in your being generous. Sharing what you can, nothing more nothing less).

Além de uma melodia que gruda no juízo, a letra era muito ele. Além de descreverê-lo, dizia um pouco do que eu desejo pra ele (May you have unquestionable health and less stress, And may the best of your todays be the worst of your tomorrows).

Não só o que eu desejo para ele, mas o que eu acredito que seja inerente a ele (You don't need money, you got a free pass).

Não tem muita coisa para escrever não. O principal, a música já diz por mim: "I want you to have it all". E não consigo cantar sem colocar a intenção verdadeira de que ele tenha realmente tudo! 


"Oh, I want you to have it all
All you can imagine
All, no matter what your path is
If you believe it then anything can happen
Go, go, go raise your glasses
Go, go, go you can have it all
I toast you"


11 novembro 2020

Vamos subir ladeira

Eita que a vida pega a gente de surpresa e desorganiza tudo o que a gente está tentando organizar. Pode ser uma pandemia (quem diria que isso ainda ia acontecer...) mas pode ser na simples reforma de uma casa... Ou mesmo "pra vida inteira".

Um dia qualquer desde ou de outro ano não pandêmico, eu andei sonhando em reformar o "teto" que temos em Canoa Quebrada. E tudo graças a você, loro. Você sempre me trás uma visão diferente de mundo. E de como as coisas são mais simples do que eu sempre acho. 

Ouvindo Silva e Ivete, vi que a letra é a sua cara: "segura a minha mão, vamos subir ladeira". É sempre assim que eu me sinto ao seu lado. Sinto que nenhuma ladeira é alta demais se for segurando a sua mão. Seja a ladeira da Barra, ou a ladeira da vida (e a cabeça agora pensa em metáforas demais, que não caberiam neste post).

Loro, tu tem um jeito calmo que contamina. E que eu preciso tanto de quando em quanto. Acalmar a ansiedade, a turbulência e os descaminhos. Sua calma pra cozinhar e deixar a Anderson e eu esperando. kkkkkkk O almoço demorava mas saía perfeito como tudo o que você se mete a fazer. A gente reclamava da demora, mas a gente amava te ver feliz cozinhando.

Ter irmãos de sangue é muito, mas poder escolher os de vida é melhor ainda. Você não é de sangue ou de vida. É de alma. Quando fecho os olhos, vejo os seus e sinto que é para a vida inteira. Como diz a música.

Vamos subir ladeira. A vida inteira.

04 dezembro 2019

Eu quero pessoas fantásticas

Acho que sempre convivi com pessoas extraordinárias. 

Pessoas que te acordam de madrugada pra fazer (e comer!) brigadeiro!

Pessoas que assistem "Abril despedaçado" e ao final do filme decidem que querem aprender a voar de parapente. 

E aprendem a voar! 

E depois te levam junto.


Pessoas que não podem estar fisicamente ao seu lado, mas colocam o mesmo filme na Netflix e faz um facetime durante todo o filme, só para assistir "junto" com você.

Pessoas que te chamam no facetime só pra tocar violão mesmo. E você diz que está uma merda. 

Pessoas que nunca te viram, mas, na primeira vez que vão à sua casa, dormem na sua cama e ainda ficam com raiva porque você entrou para trocar de roupa. E passam a te amar sem pudores ou motivo.

Pessoas que, já que o metrô está apertado, te abraçam mas cantam "Recado a sua amada" no seu ouvido, só para fingir que o apertado é só a gente dançando mesmo.

Pessoas que passam o dia inteiro cozinhando para você, mesmo o vinho já tendo feito efeito.

Pessoas que vão te buscar debaixo da maior chuva do mundo, perdem o carro na enchente e mesmo assim dizem que valeu a pena porque puderam ajudar a duas pessoas.

Pessoas que dizem o "I know" do Han Solo, seguido de um "porra".

Pessoas que falam "eu vou" e nem sabem para onde.

Pessoas que bebem toda a sua cerveja, simplesmente porque já tem a chave da sua casa. 

Pessoas que te chamam pra almoçar e te devolvem 3 dias depois.

Pessoas que, em um voo para Toronto, aceitam um rolê em Paris. E nem notam que estão dormindo com o edredom das meninas superpoderosas. E, quando eu mostro, ainda pede para tirar foto.

Pessoas que te pegam para ir ali de moto. Não interessa se esse "ali" é na Praia do Forte ou na baiana da esquina.

Pessoas que só te chamam uma vez, porque não tem tempo de ficar de mimimi. Vão direto ao ponto e não insistem. Se tiver que chamar duas vezes, ou insistir, é porque não vale a pena.

Acho que sempre convivi com pessoas extraordinárias. Por isso que não me acostumo com o medíocre.

Mais exemplos de pessoas extraordinárias no link.

E mais um.

10 novembro 2019

Celebrar


Gratidão não se dá. Se demonstra. Espero um dia conseguir demonstrar a gratidão que tenho por muitas coisas que você faz. Uma delas foi esse domingo.


Aproveitando, pra dizer que conte comigo pra um bocado de coisas, inclusive pra te ouvir. Tocou uma música no caminho (na minha playlist baiana) que me fez lembrar de você.


Como você disse, eu só tenho certeza dessa vida. Então, a gente tem que tentar fazer valer cada minuto. "Quer saber? A vida é carnaval!" 

Se a gente faz algo, insiste nisso, mas sempre tem algo que nos incomoda, tá na hora de seguir em frente. A gente fala tanto que é difícil fazer os professores mudarem, e utilizarem a tecnologia, não é? O que a gente tenta fazer com eles é mudar o status quo. Mas a gente não muda o nosso. É tão mais fácil ir seguindo adiante sem mudar nada. Sofrendo um pouquinho aqui, mas sabendo que vai dar certo (acho que você já disse isso... Não tenho certeza. Rss). Aí a gente sofre mais um pouquinho, mas lembra que foi tão legal aquele outro momento passado... Aí sofre de novo, leva um pancada forte, mas lembra que é assim mesmo. Que isso faz parte da vida. 

Pode ser. Você pode estar certo. É mesmo muito difícil romper o status quo. E é muito mais fácil fazer o que todos estão esperando da gente.


Parece que mudar não faz parte da vida. A gente se acomoda mesmo. A gente acaba acreditando que a gente precisa seguir o script, prque é isso que todo mundo faz então deve ser o certo. 

A gente vai ficando preguiçoso. Tantas demandas vão aparecendo, que mudar algo que está consolidado fica difícil. A gente pensa: "assim não está legal, mas se eu mudar, a cobrança de todos vai ser tão grande e forte, que é melhor ficar com esses incômodos atuais do que partir para "aguentar" os novos. Afinal, a gente se acostuma com tudo. 



E é assim em todos os campos da vida. Pessoal, profissional, emocional, espiritual e em qualquer outro "al" que você possa se lembrar. Pode ser com o chefe, com o namorado, com o médico, com o amigo, com o sacerdote.


Pode até ser com o Mestrado.


Talvez você nem esteja tão incomodado assim, mas eu quis escrever isso. Tudo para ver se você consegue ler nas entrelinhas a única mensagem desse monte de letras juntas: "conte comigo!". *


"Se acostume com a felicidade
Seja inteiro e não pela metade"

E, como já diz o nome deste blog, "Life's so short,  move on".

* Mais claro só se eu desenhar... (e não posso colocar o seu apelido aqui. Mas lembre-se dele. Foi o motivo de eu ter que escrever as entrelinhas Rss)

PS - A foto está horrível. Desculpe. Estava sem meu fotógrafo oficial. Um dia vai dar certo. (acho que já escrevi isso hoje...)



15 setembro 2019

Broadway

Cada um tem a Broadway que merece. A minha tem vista para o mar.


PS - Agora tu pode vir, preto.








08 fevereiro 2017

Ler


Porque ler tem que ser com prazer. Tem que ser com tesão. A um tempo atrás li "O Historiador" de Elizabeth Kostova e desde então sonho em ir conhecer a Romênia. Ela descrevia cada lugar que passava a história de uma forma tão apaixonante e envolvente que tudo o que eu pensava era pegar um avião para ver de perto aqueles lugares que eu já achava mágicos.


Outro dia, dando uma carona até o aeroporto a dois meninos super inteligentes (e divertidos!) um deles me perguntou se eu gostava mais de Raphael Montes (um autor brasileiro) ou Stephen King (O AUTOR!). Sem precisar pensar, respondi de pronto que era Raphael Montes. Só porque o cara é o "rei" (me utilizando o óbvio trocadilho), eu não preciso achar a escrita dele brilhante. E quem sou eu mesmo para dizer isso de um "rei". Ninguém mesmo. Sou só uma pessoa que gosta de ler. Que gosta de se perder no mundo das letrinhas. Mas a leitura, como eu disse no início, precisa me dar prazer!


Não é apenas o "o que vai acontecer" que realmente me interessa. É o "como a gente vai chegar lá". O "caminho" precisa ser tão dourado como a "linha de chegada". As vezes, como é o caso do Stephen King, para mim, a leitura se arrasta. Não é por ser muito descritiva que a leitura perde ritmo. O caso do livro da Elizabeth, por exemplo, ilustra bem isso. Tem páginas e páginas, letrinhas e letrinhas, somente descrevendo o cenário da Romênia. Mas existe algo que faz com que você viaje naquelas palavras. Voltando para a comparação inicial: nos livros de King, geralmente meus olhos pesam e querem se fechar; nos livros de Montes, os meus olhos teimam em não querer fechar, mesmo depois de horas de leitura e mesmo já passando de 1 da manhã.


Ler precisa ter um algo envolvente que eu nem sei explicar o que é. Li alguns livros do Ivan Santana, que escreve sobre aviação (assunto que especificamente nunca me interessei). Comprei um dos livros dele por impulso mesmo (estava tão barato…) e li em duas horas o livro todo. E olha que ele usa termos técnicos para descrever alguns dos problemas enfrentados pela aeronave. Ele "conta a história" de forma tão envolvente que quando termina você percebe que até aprendeu um pouco sobre acidentes aéreos e sobre como funciona algumas coisas nas aeronaves. Isso sem contar que tem toda uma carga emocional pois trata-se de acidentes aéreos verdadeiros, com a morte de muita gente (aquele acidente da GOL que se bateu no ar com Legacy; o da TAM que não desacelerou e acabou no galpão de cargas em Congonhas e um que caiu a 5 minutos de Orly, foram os que mais me marcaram). Claro que chorei muito, com direito a soluços. Isso só me deixou mais curiosa para comprar outros livros do Ivan. Já li e comprei todos os que consegui achar. Acho até que já aprendi um bocado sobre aviões. Só não aconselho a fazer o que eu fiz: comprei um na livraria do aeroporto e li no avião. O problema é que a capa era de uma queda de avião e se chamava "Perda Total". O pessoal me olhava feio no avião.... Não façam isso!



Mas se é para falar de emoção, lembro logo de "Esquecer o Natal". Um livro totalmente atípico de John Grisham. Esse é um autor que eu gosto bastante mas que fugiu completamente do seu estilo policial e escreveu essa comédia. Lembro que da primeira vez que li, o meu riso era solto e alto! A leitura era leve e envolvente. A alma flutuava durante a leitura e o riso dominava o espaço. Juro que várias vezes ri de chorar!


Então ler tem que ter essa magia envolvente. De você esquecer o tempo, o espaço, a realidade. Montes sabe fazer isso com perfeição. O primeiro livro dele - Suicídas - (que não foi o primeiro que eu li) fez comigo e com Kim (um menina linda de 15 poucos anos) a mesma coisa: a vontade loooooouca de gritar ao final do livro. Mas a gente não podia porque terminamos de ler de madrugada. A escrita de Montes tem uma fluidez tão grande que você não nota o quanto já leu. Lembro ainda que quando li um outro livro dele (Dias Perfeitos) tive a mesma sensação de uma outra pessoa amiga (Ionela): a gente não sabia se não parava de ler para saber como terminava, ou se lia devagarzinho para ficar mais tempo envolvida na história. E demos muitas risadas quando comentamos isso uma com a outra, pois a sensação foi igualzinha.




O importante é ler. Se a leitura for agradável e te envolver, melhor ainda. Se for chata (e  não for obrigatória!) deixe o livro e busque outro. Procure algo que te agrade. Se for gibi, que seja. Ler é o prazer de se envolver em outros mundos. É se emocionar. É se deixar levar por lugares e momentos que alguém criou só para te fazer feliz. E tem que ser, como eu disse, um prazer. E quer prazer maior do que saber que um dos melhores autores brasileiros tem 20 e poucos anos e ainda vai escrever muita coisa? Então, Mr. King, pode dar um tempo aí, e leia um pouco de Raphael Montes. Você vai ver o que é esquecer do mundo pois afinal você precisa saber o que vai estar na última página.


AH! Só respondendo a pergunta inicial, no diálogo que tive no carro: 


- Déa, quem é melhor: Stephen King ou Raphael Montes? 
- Oxe! Raphael Montes, é claro.


Mas, a parte do diálogo que não aconteceu, mas que eu adoraria:
- Por que?
- Porque o cara é FOOOOODA!

Pronto! É isso!

Update - Depois que minha alma gêmea leu meu texto, tentou me convencer a dar mais uma chance a Stephen King. Comprei "Carrie". O problema é que comprei também, no mesmo dia, "Vôo Cego" de Ivan Santana. Adivinha o livro que vou terminar daqui a pouco e qual eu não consegui sair ainda do primeiro capítulo...

21 julho 2014

The Red Shoes

Pouco tempo para muita coisa. Sem tempo até para atualizar o blog contando as outras coisas de Vancouver. Mas quando alguma coisa realmente tira meu fôlego, preciso registrar aqui. Conheci uma outra pessoa como eu que é apaixonada por cinema. Ele não viu algumas coisas que amo, mas já viu coisas suficientes que me fizeram acreditar que temos gostos parecidos (afinal, ambos temos bom gosto rss). Pois esta alma caridosa resolveu me emprestar alguns blublus. A maioria títulos que eu nunca tinha ouvido falar. Após confessada a minha ignorância, posso abrir o coração. Não tenho mais a coluna de cinema do Bem Resolvida, e por isso posso falar dos filmes que eu quiser simplesmente demonstrando a minha paixão por eles, sem precisar analisar a coisa de forma mais técnica. 


O filme chama-se "The Red Shoes". Lançado em 1948. É um filme inglês, mas não se tem dificuldade em compreender o inglês utilizado (não joguem pedras em mim, mas o inglês deles eu achei por demais americano!) Foi filma em technicolor e foi remasterizado (é assim que se diz, Sr. Raphael  Cachinhos?) em 2009 por ninguém menos que Scorsese (ok, pela empresa dele junto com a UCLA). Essa remasterização ou restauração é uma coisa perfeita! Nos extras do blublu tem o próprio Scorsese falando o quão complicado foi esse trabalho e mostrando inclusive as cenas antes e depois do trabalho feito por eles. Eu que já estava apaixonada por tudo que havia visto, fiquei mais ainda sem fôlego de ver aquela comparação incrível. A criatura já nos deu "Taxi Driver", "Cabo do Medo"e etc e etc e etc e nos presenteia também com essa restauração! IMPECÁVEL! Nosso senso de perfeição se modifica quando vemos a comparação mostrada pelo ele nos extras. 

O filme tem cerca de duas horas mas que se passam tão rapidamente que você se assusta. A última vez que tive essa sensação (de que o que eu estava assistindo tinha acabado de começar quando na realidade já haviam se passado um bom tempo) foi quando assisti Fernanda em seu monólogo, mas já falei sobre isso por aqui. Ok, ok, ok. Você vai dizer que eu sou suspeita porque eu gosto (e muito!) de balé. Tem realmente uma grande sequência de 15 minutos só de balé, mas está tão bem inserida no filme que não tinha condição de ser mais curta. E, como eu disse, você nem sente passar. 
 
A história do filme se confunde com a história do próprio balé que a protagonista estrela, e que dá nome ao filme. A vida imitando a arte, com é, na verdade, a vida. Não acredito que a arte imita a vida. A vida é que está sempre querendo ser mais bonita e imitar a arte. 



Nesse momento, estou feliz em não estar escrevendo para o Bem Resolvida, porque de bem resolvida, a protagonista não tem nada. Na verdade, é daquelas mulheres que só servem mesmo para lavar louça. E ainda deve quebrar os pratos... A personagem se chama Victoria Page, e pare de ler se não quiser saber dos spoliers... Não consigo deixar de colocar aqui vários deles, mas tou avisando... Pois bem, como eu dizia, alguém que tira a própria vida da forma que ela o faz, não sabe nada. Aliás, a personagem foi feita para a gente desprezar mesmo. A mulher tem a faca, o queijo, e ainda o pão, mas joga tudo fora... E a vontade de matar, de quebrar o pescoço da desmilinguida? Vamos brincar de ser burra mas não vale exagerar né? Ela errou quando largou a companhia... Consigo até perdoar, porque somos humanos e temos esse direito, mas persistir no erro daí já é burrice, tapamento, e o que mais você quiser dizer! Ah! Ela consegue ser mais burra ainda quando resolve se matar! Geeeeeente! Eu já ia fazer isso! Que bom que ela se mata, porque nos dá aquele final PERFEITO, onde o Boris (o dono da companhia de balé) resolve fazer o balé sem ela. A cena é primorosa. Perfeita. Irretocável... Mas, pensando bem, se ela não fosse assim tão retardada e burra, o filme não seria assim tão perfeito. Então tá perdoada!

E a vontade looooouca de mandar essa tapada assistir "A Star was Born" (com a Judy) para aprender as coisas... AAAAAAH! Vamos continuar que é melhor!


Em contra partida, temos o personagem do Boris Lermontov. Ele é o diretor/dono da Companhia de balé. Me lembrou vários diretores que eu conheço. E eu mais uma vez reverencio os mesmos. As vezes eu ouço um bocado de coisas de alguns amigos atores que dizem que não sabem como eu consigo "aturar" alguns diretores. Outros sempre me chamam para "negociar" com as diretores quando eles estão "surtados". Alguns diretores, por sua vez, me procuram as vezes simplesmente porque eu "resolvo". Não é que eu seja subserviente a eles. É que eu acho que compreendo as suas genialidades. Reverencio e tento entrar naquele mundo tão particular deles. Eles são gênios (pelo menos os que eu conheço), e, desta forma, eternos incompreendidos. Boris é um deles. É, para mim, o melhor personagem do filme. A forma com que ele convence a Victoria (protagonista) a retornar ao balé é foooooooda demais! Desculpem mas essa é a palavra! Aliás, o personagem é todo foda! Ainda bem que existem vários Boris na vida real. E que sempre exista pelo menos um perto de mim!!!

Desde a primeira cena onde ele quase não aparece, ficando escondido atrás de uma cortina no balcão do teatro, ele já mostra que é absoluto! A presença dele é tão marcante que chega a doer. Ele é inteligente, determinado, talentoso e sabe usar toda a sua inteligência focada naquilo que interessa. Ele não é um ser sem sentimentos. Ele é inteligente o suficiente para suprimir os sentimentos na hora que precisa e extravasá-los também no momento em que deve. E isso tudo é extremamente bem desenhado pelo diretor. Você não nota que essas coisas foram cuidadosamente montadas durante todo o filme. Só quando você desliga o blublu e começa a repassar as cenas mentalmente, vai notando o quanto o personagem é rico. Bem construido pelo ator que o interpreta (Anton Walbrook), o personagem é simplesmente alguém que não se pode deixar de admirar e, consequentemente, se apaixonar. Na verdade, me faltam adjetivos para ele. Eu gostaria de escrever mais e mais sobre ele... E ele nem precisava ser bonito, mas é.

O filme possue apenas dois "poréns". Naquela sequência de 15 minutos onde vemos o balé The Red Shoes, fiquei um pouco decepcionada pela quantidade de efeitos utilizados. Eu ficaria mais feliz se, por exemplo, ela realmente colocasse as sapatilhas vermelhas no lugar de um efeito colocar... Como eu disse, muitos efeitos. Acho que se fosse mais "palco" e menos efeitos, ficaria muito mais bonita toda a sequência. 

Outro "porém" é a personagem de Irina Boronskaja. Ou melhor, a atuação da atriz que a interpreta (Ludmilla Tchérina). Realmente não sei dizer se aquilo tudo foi marcação do diretor (eu aqui rezando que sim!) ou se ela é ruim mesmo! TODAS as cenas dela são muito exageradas. Ela parece sempre que está em um teatro e não fazendo um filme. Fui pesquisar e vi que ela além de bailarina, é/foi realmente uma atriz russa com muitos trabalhos, principalmente para a TV russa. Eu prefiro acreditar que o diretor colocou aquele tom teatral nela de propósito para fazer um contraponto qualquer, com qualquer outra coisa que eu, embevecida pelo filme como estava, não consegui enxergar. 

Nunca assisti ao "Cisne Negro". Vou fazê-lo em breve. Mas já sei que nada seja como essas sapatilhas rubras. Minha alma já está naquele palco. E em qualquer outro que esteja Boris.


Por fim, meus agradecimentos a pessoa que me emprestou o blublu. Aprendi muitas coisas com o dono desse BluRay. Posso não ser amiga dele, mas já aprendi a respeitar. Ele é jovem, mas quem disse que idade cronológica tem alguma coisa com idade de alma, inteligência emocional, bom gosto e conhecimento da 7a. arte? Esse menino tem tudo isso. E tem muito mais! E eu vou ficando por perto, porque não sou boba e tenho ainda muuuuuuito o que aprender! Ah! E um obrigada nunca é demais. OBRIGADA (pelo blublu e pela paciência comigo!)

PS - Tava querendo copiar aqui alguns diálogos (impagáveis!) do filme, mas são tantos que prefiro só deixar o link do IMDB com eles. Clique aqui. Já li 500 vezes!

UPDATE - Escrevi esse texto sem nenhuma revisão. Só com o coração mesmo. Cometi alguns erros, apenas alguns perdoáveis. Cometi um que JAMAIS poderá ser perdoado e que só demonstrou que eu nada sei. Peço desculpas a quem já leu e me apontou esse erro. No mais é agradecer porque se vocês apontaram o erro é porque vieram até aqui ler. Que bom que ainda tenho leitores e atentos! Feliz com isso.

UPDATE 2 (a missão) - Lembram de quem me emprestou o blublu? Arrasou nos comentários que fez sobre o filme. Mesmo tendo ideias contrárias as minhas, ele as colocou de forma super lúcida e sem nunca diminuir minha opinião. Gosto desse respeito. O cara é bom. Muito bom mesmo!

12 julho 2014

Voando para Vancouver

Destino: Vancouver (British Columbia, Canadá)
Motivo: Trabalho

 Algumas considerações sobre o Canadá. Eu já disse aqui anteriormente que o Canadá (ou pelo menos Vancouver) é picolé de chuchu (não tem gosto de absolutamente nada), mas para você que é teimoso e quer ir mesmo assim, algumas coisas sobre Vancouver.

Eu moro em Salvador, e não tem vôo direto para Vancouver nem para nenhuma outra parte do Canadá. Se você tiver um visto dos Estados Unidos, pode tentar uma passagem aérea via EUA. Mesmo que seja só uma escala, você precisará ter um visto válido para os EUA. Se você não tiver, o jeito é ir para São Paulo e pegar um vôo da Air Canada para Toronto. Interessante que o avião que faz o trecho Guarulhos / Toronto é um Boing 767-300; já o trecho Toronto / Vancouver é feito por um Boing 777-300 ou Airbus A320. Estes dois últimos são infinitamente mais confortáveis do que o primeiro, que é o que faz o maior trecho. Não, não me perguntem o motivo, mas você passa cerca de 10 horas naquela latinha de sardinhas... Todo apertadinho (a menos que vá de executiva... mas isso é uma outra conversa. Fica para a minha próxima encarnação...) Pelo menos o entretenimento a bordo é bem legal. Os filmes são bem atuais e possui também clássicos que você vai adorar assistir de novo. Desta vez, entre outros, assisti "Meia Noite em Paris" para fazer o vôo passar mais rápido, achando que eu estava indo para Paris.

O catering da Air Canada não é dos melhores. Eu diria que é apenas aceitável. Acho melhor levar algo a mais para ir beliscando. Tive um monstrinho/aluno que pediu e conseguiu ser servido três vezes no jantar e no café da manhã. Não acho que mereça bis, nem mesmo que você esteja com fome. Tive uma queda de pressão que acredito que tenha sido por demorar muito entre uma alimentação e outra. Fica o aviso: leve algo para comer. 

Nos vôos domésticos da Air Canada o catering é pago. E só aceitam cartão de crédito. Com o IOF aqui no Brasil lá no céu (6,38%), não acho legal você estar pagando lanchinho com cartão de crédito, não é? Guenta mais um pouco e deixa pra comer no próximo aeroporto, ou capricha no lanche que você vai levar. Além disto, esses vôos domésticos possuem também filmes a bordo, mas vale lembrar que neste caso você deve utilizar o seu fone de ouvido, ou comprar a bordo. Também só é vendido por cartão de crédito.

A folhinha do Canadá. Nunca soube o nome...

No próximo post falo do que tem para ver e fazer em Vancouver.

Transporte em Vancouver

Local: Vancouver (British Columbia, Canadá)
Motivo: Trabalho

Acabei de chegar de Vancouver. Aos poucos, a medida que o meu tempo permita, vou escrevendo um pouco sobre a cidade. Vou começar por um ponto mega positivo de lá: o transporte público. Aliás, o trânsito lá é meio louco... Os cruzamentos são estranhos, mas como não há nenhuma necessidade de alugar um carro, não vamos nos preocupar com isso.

Bom, o transporte lá se divide em Skytrain (metrô), ônibus e Sea Bus (um catamarazinho para atravessar a baia). O Skytrain possui apenas três linhas interligadas entre si. Mas existem em várias estações baias de ônibus, ou seja, você está sempre bem servido. Vancouver é dividida em várias outras "cidades" ou bairros. Cada um deles forma uma zona específica de transporte público. Dentro de uma mesma zona você circula (obviamente!) com um bilhete de zona 1. Se for de uma zona para outra, então precisa de um bilhete de zona 2. Se for passar por 3 zonas, um bilhete de zona 3 e assim sucessivamente. 

Minha galera no Skytrain

O centro da cidade (downtown) fica dentro da zona de "Vancouver". Se você ficar em Burnaby, Richmont ou North Vancouver (outras "cidades") deverá usar o bilhete de duas zonas para ir para o Centro da Cidade. 

Você deve comprar ou validar o seu bilhete no primeiro transporte que for pegar. A partir deste momento, ficará registrado o tempo de validade daquele seu bilhete (uma hora e meia). Você pode pegar quantos transportes públicos quiser com esse mesmo bilhete dentro deste prazo.

Tudo é  muito organizado e limpo. E os horários são cumpridos. Não tão rigorosamente como na Inglaterra, mas nada que mereça sem mencionado.

Nos ônibus  você deve pegar uma tabela de horários que lhe informará até que horas o seu ônibus circulará. O Skytrain funciona até 1 da manhã, mas sempre verifique.

Se o seu primeiro transporte vai ser um ônibus, tenha moedas pois os ônibus não aceita cédulas. Se for o Skytrain, todas as estações possuem máquinas que você pode comprar o seu bilhete com cédulas. Se você utilizou um bilhete de apenas uma zona e quer ir para outra zona, essas mesmas máquinas lhe dão a opção de acrescentar tarifa (add fare). Você coloca o seu bilhete de uma zona e paga a diferença nesta máquina, que lhe dará um bilhete de duas zonas. Essas máquinas também aceitam cartões de débito e crédito.

Luana pensando na vida no Seabus

Existe um linha de Skytrain que sai do aeroporto e vai até a estação Waterfront, onde você pode pegar uma outra linha para qualquer outro lugar, ou mesmo um ônibus. Tudo muito simples, embora as placas não sejam tão claras de inicio (elas colocam "eastbound" e "westbound" para saber que direção você vai tomar). Se você estiver chegando em Vancouver pela primeira vez, não vai saber para que lado é "east" ou "west". Mas gaste um tempinho vendo os mapas espalhados pelas estações que você rapidamente se orientará.

Outra coisa importante: guarde o seu bilhete devidamente validado durante todo o seu tempo de transporte até o seu ponto final. Você poderá se solicitado a mostrá-lo por agente da companhia de transporte ou até mesmo por policiais. Se não estiver com ele, se prepare para a multa, ou coisa pior....

Quanto a valores, é melhor dar uma olhada no site da translink porque isso pode mudar (desta vez - julho 2014 - o bilhete de uma zona estava por U$2,75 e o de duas zonas U$4). Existem possibilidades de se comprar o passe mensal, que sai muito mais em conta, ou bloquinhos com 10 passes, que sai um pouco mais barato do que ficar comprando por unidade.

Ah! Mais uma. Você pode também optar em comprar uma passagem em um ônibus chamado '"Hop in, hop off". É aquele famoso ônibus que quase todas as cidades turísticas possuem, onde você paga uma passagem única e circula a cidade, podendo descer e subir do ônibus quantas vezes quiser. Esse ônibus você pega bem próximo a estação Waterfront, e um lugar chamado "Canada Place". Lá existem várias opções turísticas diferenciadas que você pode fazer (tipo passear em um hidroplano...) Tudo vai depender de sua disposição e do seu bolso.

Bom, em breve conto mais coisas de Vancouver... Aguarde...