E aí que eu me vejo andando pela Paulista. Sem lenço e sem documento
literalmente porque fiz o favor de bloquear o cartão ainda no aeroporto de
Salvador. Mas, enfim, tava andando pela Paulista. De Ipod, como sempre, e
começa a tocar "Recado a minha amada". A última vez que dancei isso foi
com Maurício foi em plena Champs Elysée!!!! E devidamente filmados. Olha
a dorzinha no coração... Mas desde o começo, ainda no aeroporto, eu já
sabia que essa dor iria aparecer. Não sei porque, mas a porra do coração já
estava na França. Estranho, até porque eu gosto de Sampa e das companhias que estou tendo aqui.
Mas tou comparando tudo: logo depois que ouvi a música, tudo o que eu queria
era sentar e escrever. O problema era aonde. Não tem bancos ao longo da
Paulista, e nem aqueles apaixonantes cafés que existem em cada esquina de
Paris. Enfim, esperei abrir um shopping para sentar na praça de
alimentação e escrever. Ce's la vie!!!!
Mas se eu tinha dúvidas de que o feriado iria ter cara de França, a minha
chegada no aeroporto deveria ter me dado a dica do que me esperava:
conheci um francês de Toulosse e passei o resto do dia com ele e foi
muito bom. Delicia ouvir aquela lingua maravilhosa!
Ontem, andando de metrô, ficava comparando as estações. Tão acostumada
com as estações charmosas e bem equipadas que fiquei sem conseguir sorrir.
Não era a minha primeira vez no metrô de São Paulo, mas com certeza era
a primeira vez com saudade de Paris e vendo o quanto Sampa é sem graça nos
seus mínimos detalhes.
Aliás, não vamos falar de detalhes porque daí a história vai ficar
feia... E eu tou começando a ouvir Paralamas... Se eu começar a entrar
nos detalhes teria que ser sobre anfitriões e ouvindo Paralamas chega até a
ser corvadia... E falta de elegância de um deles (aquela elegância intrínseca, a que nasce com você) já está quase me dando nos nervos...
"Eu tive fora uns dias numa onda diferente..." Deveria, mais uma vez ter
ouvido meu coração, mas desde que entrei pra familia dos teimosos, o
negócio tem ficado mais complicado...
PS - O texto foi de ontem... Hoje já tenho outros adendos, não mais positivos... MAM, Ibirapuera... O que é que eu tou fazendo aqui? Perdi até a vontade de ir ver Bruno Motta..
PS 1 - E tudo que eu consigo cantar agora é "Há tempo, muito tempo que estou, longe de casa, e nessas ilhas cheias de distância, o meu blusão de couro se estragou..."
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