27 fevereiro 2007

23. Procura-se Igor, desesperadamente!

Adoro morar sozinha. Deixar minha bagunça e encontrá-la do jeitinho que deixei. Saber o que tem na geladeira (mesmo que já esteja vencido). Ouvir Chico Buarque ou Araketu quando eu bem entender.

Mas tudo tem um preço.

Peguei uma gripe daquelas que parecem encosto e não largam mesmo. Melhorava um pouquinho, mas chegava em casa acabada pois dou aula no ar condicionado. Ontem estava muito mal. O negócio estava tão feio que nem força para fazer um chá ou mesmo procurar o remédio, eu tive. Fiquei lá na cama, com o corpo que parecia ter sido esmagado. Recebi um telefonema lindo de um amigo (que mora em outra cidade), que, ao descobrir (pela minha voz) que eu estava doente, sentenciou:

“ – Você tem que vir morar aqui. Nessas horas eu poderia estar cuidando de você, como eu sempre fiz.”

É verdade. Ele sempre cuidou de mim. Mas não foi o único a quem já dei (muito) trabalho. Ontem dormi me lembrando do meu “loro” lindo, com quem tive o prazer de morar durante alguns anos. Esse também cuidava de mim. Aliás, fazia, na verdade, muito mais do que cuidar. Me paparicava. Cuidava desde minhas crises de stress (corre para o hospital! Posto médico! Chama a Vitalmed!), aos bolos de cenoura com chocolate. Isso sem contar a função “cupido”. Ah! E, só de quebra, ele ainda é um doce de pessoa e um homem lindo (Lindo? Não, não! Ele é muuuuuuuuito lindo! Gostoso! Poderoso! TUUUUUUDO! TDB geral!)

Só não deixem ele colocar um “armador de rede” na parede. Definitivamente essa não é a especialidade dele. Uma vez ele foi fazer isso. Quando cheguei em casa achei a surpresa! A rede na varanda já armadinha da silva, como você podem ver na foto ao lado. Do lado do armador, um bilhete colado na parede dizia para eu não mexer em nada. E a verdade que o bilhete escondia era uma parece cheia de “tentativas”, que podem também ser chamadas de “buracos”.

Em compensação, é um especialista na arte de fazer chás e servir na cama, beber Lambrusco e de contar histórias e estórias. Tudo isso, claro emoldurado com seu sorriso doce e seus olhos azuis.

Sinto falta da companhia dele.

Sinto mesmo.

PS 1 – Loro, aqui em Little Hole tem um monte de parede para tu furar quando quiser, viu?

PS 2 - Olha "nois" aí deitados na "prova do crime".

2 comentários:

Igor disse...

Aiai, que essa mulher é demais. Já não basta ocupar um pedação do meu peito ainda gosta de me dar uns sustos desse de vez em quando. Eu já disse que amo, e já me escalei pra ser o caseiro de little hole, mas ela nunca pára em casa pra me dar a chave...é um negócio.Saudade grande dessa rede, da varanda, do arroz de forno, do juízo, quer dizer da falta dele...enfim...Ó deixe de ser linda vu, e não pule num pé só não, que na ultima vez que nos falamos era isso que a senhora tava fazendo,...ô me desculpe. Te amo. Beijão mais que apertado.

Allan disse...

ô momoooooo... E eu nem tava ai pra cuidar de ti... E saber que foi só encontrar contigo um dia pra pegar toda a sua gripe pra mim... kkkkkk